Como commodities viraram uma indústria milionária

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Como açúcar e farinha viraram uma indústria milionária .

Se tem uma coisa que o branding sabe fazer é transformar commodities em objetos de desejo!

Quantos exemplos nós temos de commodities como sucos, cafés, pipocas, águas que viraram, inclusive, produtos de luxo?

Transformar commodities em produtos disputados passa pela criação de uma marca capaz de gerar valor. Para isso, é necessário criar diferenciações, tanto da marca como dos produtos.

Pode ser até um modo próprio de consumo, uma experiência, uma embalagem, um lifestyle, um propósito engajador ou mesmo a associação dessa marca e produto com algo valioso para o cliente.

Vejam quantas águas são caríssimas e se tornaram grife após uma linda garrafa de design e a descrição de um lugar paradisíaco serem associadas a ela. Perrier, Voss, Evian fazem parte de águas premium, mas vocês já pararam para pensar nas águas do mercado de luxo?

Olhem até onde uma commodity bem trabalhada, com diferenciações, pode ir e inspirem-se.

A marca Bling H2O é um exemplo disso, conhecida como a água de Hollywood foi criada pelo produtor de cinema, Kevin Boyd, inspirado no mundo do luxo.

As garrafas são decoradas com cristais Swarovsky e podem custar de R$ 56,00 até R$ 5.200,00.

Se água é um produto que impactou a indústria premium e luxo, farinha e açúcar são outro exemplo de como commodities podem ser lucrativas, principalmente se conseguirem se diferenciar.

E há algo mais americano que donuts? Aquela rosquinha frita feita de farinha, açúcar e uns confeitos é um case multibilionário.

Imagem sobre o surgimento das rosquinhas no mundo, um produto que surgiu de commodities

Não se sabe ao certo sua origem precisa dos famosos donuts que ganharam a América e depois o Mundo, mas das várias hipóteses quanto a sua invenção, a mais provável é que o donut tenha surgido na Holanda no século XVI, porém era apenas o bolo, sem o buraco no meio, e só depois foi levado para a América do Norte por colonos desse país.

O termo Donuts teve origem na palavra inglesa “doughnut” que traduzido significa precisamente rosca frita.

A invenção do primeiro donut com “buraco”, por sua vez, foi atribuída a Hanson Gregory que diz o ter inventado em 1847 quando ele tinha 16 anos.

Tudo começou com apenas 5 mil dólares de William Rosenberg, que fundou a Industrial Luncheon Services em 1946 , empresa que entregava lanches e cafés de caminhão em Boston.

Com o enorme sucesso e pedidos insistentes de seus clientes, William decidiu abrir a primeiro a loja, que se chamava Open Kettle, nome que não vingou.

A fim de se reposicionar, dois anos depois, alterou o nome para Dunkin’ Donuts ( Dunking significa mergulhar, pois os clientes mergulhavam o donut no café ).

DICA: ASSOCIAR  A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE AO NOME SEMPRE TRAZ MUITO ENGAJAMENTO!

Imagem sobre a origem dos Dunkin´ Donuts

A primeira franquia abriu em 1955 no estado de Massachusetts e 6 anos depois foi aberta também a primeira loja no exterior, em Quebec no Canadá.

Depois de dois anos, já eram 100 lojas em funcionamento em todo a América, o que levou a criação da DDU (abreviação de Dunkin Donuts University), inaugurada oficialmente em 1966 e que tinha como objetivo ensinar, treinar e padronizar futuros funcionários e franqueados da empresa. 

No início da década de 70, foi  inaugurada uma loja no Japão, a primeira  fora da América do Norte e, em 1979, as franquias já atingiam o número de MIL.

Nas décadas subseqüentes, o número de franquias chegou a 5.000 e estratégias interessantes de marketing foram adotadas, tais como a criação de um “Dream Team” de chefs que preparavam as opções de lanches da marca e a parceria com a companhia aérea JetBlue Airways, que servia seus cafés dentro dos aviões da empresa. 

Imagem contando sobre a expansão dos Dunkin´ Donuts pelo mundo

No Brasil, a marca chega em 1983 e se mantém apenas até 2005 em virtudes de erros como precificação inadequada, cardápio limitado e administração inconsistente, os quais fizeram ruir a franquia no país.

Além disso, na época, um único máster franqueado administrava todos as lojas que trabalhavam com o licenciamento da marca. Não existia uma administração da franquia mundial como ocorre com outras empresas.

Em 2015, uma das principais concorrente do Starbucks volta ao Brasil. Lojas maiores, wi-fi, design atual e uma nova linha de rosquinhas com sabores locais ( maracujá, leite condensado e goiabada ) fizeram parte da estratégia de posicionamento da marca para conquistar o mercado brasileiro.

Imagem falando sobre a experiência da rede Dunkin´ Donuts no Brasil

Atualmente, para aumentar a competitividade, a marca sofre um novo rebranding em 2018 e passou a se chamar apenas Dunkin’( sem o Donuts ).

Essa mudança veio acompanhada de um investimento de 100 milhões de dólares da holding Dunkin’ Brands para adequar a marca de rosquinhas ao século XXI, com, por exemplo, modernização das lojas, ampliação dos menus e o uso de faixas de drive-through no estacionamento para clientes que fizerem seus pedidos online.

Além disso, a rede conta com cerca de 12 mil unidades espalhadas por 46 países. Em um dia típico, a DUNKIN’ vende mais de 50 xícaras de café por segundo(mais de 2 bilhões por ano), tendo como os maiores mercados os Estados Unidos, a Coréia do Sul, as Filipinas e a Indonésia.

Imagem que explica sobre o Rebranding que a Dunkin´ passou no ano de 2018

Portanto, se a Dunkin’ conseguiu transformar açúcar e farinha (commodities) em sucesso e bilhões de dólares de faturamento, caso você tenha qualquer produto na sua empresa que não anda vendendo como deveria saiba: a culpa é sua!

Por fim, Não culpe a crise, as pessoas, o mercado, pois tem gente que construiu um império vendendo rosquinha! Olha quantos namings, rebrandings e posicionamento a Dukin já fez desde que iniciou.

Não se acomode, você com certeza consegue, basta aplicar branding de modo correto e ético.

Pois em geral te garanto: Tem muito mais a ver com o COMO VOCÊ NÃO FAZ do que faz!

Pode acreditar em mim, branding é fundamental

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